INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE QUALIDADE NA OBRA
A instalação elétrica residencial mal planejada ou com componentes de baixa qualidade pode prejudicar toda a construção e gerar muita dor de cabeça. Então, esse é um ponto fundamental no qual se deve dar muita atenção na hora de construir.
Vamos listar algumas ações necessárias para que toda a instalação ocorra da melhor maneira possível com qualidade:
1- Planta baixa: O primeiro passo para elaboração da instalação elétrica é obter a planta baixa da residência. Nela estarão todas as medidas e disposição dos ambientes da casa. A partir disso, o engenheiro responsável poderá efetuar os cálculos de acordo com as exigências pelas normas e pelas necessidades dos moradores da nova residência.
2- Pontos de iluminação: De acordo com áreas dos ambientes encontrado na planta baixa, o cálculo para cada local pode ser efetuado tomando como base as normas da ABNT para iluminação de interiores NBR 5413. Assim, será definida a localização das luminárias procurando obter a maior uniformidade da iluminação possível, bem como a sua disposição nos circuitos elétricos. A NBR 5410 para instalações de baixa tensão aconselha que os circuitos sejam separados em circuitos de iluminação, para tomadas de uso geral (TUG) e para tomadas de uso específico (TUE).
3- Cálculo das cargas e dispositivos: O próximo passo é realizar os cálculos de cargas e capacidade dos circuitos. Por exemplo, na cozinha sabe-se que deverá ter geladeira, micro-ondas, máquina de lavar louça, liquidificador entre outros. Deve-se calcular a potência desses equipamentos somados para definir as bitolas dos condutores, dispositivos de proteção e disjuntores, assim como a quantidade de tomadas para a elaboração dos circuitos elétricos. No caso do banheiro, devido à alta potência, o chuveiro elétrico deverá ter um circuito exclusivo para seu uso. As quantidades de tomadas e obrigatoriedade de usos devem seguir as normativas da NBR 5410.
4- Diagramas elétricos: Após todos os cálculos, chegou o momento de preparar os diagramas elétricos da residência, item obrigatório em uma obra. Ele é importante pois vai auxiliar o técnico que realizará a instalação como também quem for realizar algum reparo no sistema elétrico futuramente. O diagrama unifilar contempla todos os dispositivos, pontos de luz e tomadas. Além dos circuitos elétricos, cabeamentos, identificados pelo seu tipo (fase, neutro, terra ou retorno) e quadros de distribuição. Todos esses itens são identificados por símbolos padronizados por norma, conhecidos pelos profissionais que farão sua leitura.
5– Condutores, eletrodutos e dispositivos de proteção: Definidos através dos cálculos mencionados anteriormente, o projetista irá escolher os condutores e eletrodutos de acordo com a corrente que eles deverão suportar, também respeitando as normas vigentes. A mesma coisa vale para os dispositivos de proteção do sistema elétrico, escolhidos de acordo com a sua capacidade e nível de corrente.
6–Ligações elétricas: Por fim, mas não menos importante, a etapa em que se coloca em prática tudo que foi calculado. O profissional capacitado deverá realizar todas as ligações conforme o projeto. A energia que chega na residência e passa pelo medidor é ligada até o quadro de distribuição principal, onde estão os dispositivos de proteção contra curto-circuito, sobrecargas, choques e descargas elétricas. De lá é feita a ligação até os demais quadros secundários ou circuitos terminais. A disposição do cabeamento e ligações deve ser feita de forma organizada e clara, de forma que não hajam fios soltos ou aparentes pelo caminho. Utilização de cabos nas paredes e forro, inclusive com utilização de roldanas contribui para uma ótima instalação elétrica. Tomadas e interruptores devem ser bem assentados e bem acabados, contribuindo para a parte estética do ambiente em si.
Seguindo estes passos, sempre em conjunto com toda a equipe, irá permitir que os objetivos e a qualidade da obra sejam atingidos. Contribuindo inclusive para uma melhor arquitetura da casa, explorando o máximo possível a harmonia do ambiente.