PROJETO ARQUITETÔNICO, SAIBA MAIS!
O Projeto Arquitetônico é o ponto de partida para toda obra que nasce a partir de estudos que aliam aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos. Portanto, as informações do projeto devem conter, quando couber, a caracterização de cada produto ou objeto (edificação, elemento da edificação, instalação predial, componente construtivo e material para construção), além dos os atributos funcionais, formais e técnicos considerados, contendo as seguintes exigências prescritivas e de desempenho:
- identificação;
- descrição;
- condições climáticas, de localização e de utilização;
- exigências e características relativas ao desempenho no uso;
- aplicações;
- canteiro de obra;
- uso: operação e manutenção;
- condições de venda ou de aquisição;
- suprimento;
- serviços técnicos;
- referências.
Assim, para facilitar seu planejamento, o projeto é dividido em etapas. A existência ou não de algumas etapas será definida em virtude da complexidade do mesmo e deve ser estabelecida em contrato. As etapas definidas pela SIM como essenciais são:
LEVANTAMENTO DE DADOS PARA O INÍCIO DO PROJETO ARQUITETÔNICO
É conjunto de dados que irão nortear a elaboração do projeto, sendo na maioria das vezes fornecidas pelo cliente. A partir desse conjunto de informações é possível chegar aos estudos de viabilidade técnico-legal e até econômico, antes de se iniciar o projeto propriamente dito. Se for uma reforma, nessa etapa será realizado o Levantamento Arquitetônico do local.
Informações técnicas a produzir:
- registros de vistorias no local da futura edificação e de arquivos cadastrais (municipais, estaduais ou federais), incluindo os seguintes dados mínimos:
- vizinhança da edificação (acidentes);
- leis municipais de parcelamento de solo e de zoneamento (registro de uso, recuos e afastamentos, coeficiente de construção, taxa de ocupação e gabaritos);
- serviços públicos, companhias concessionárias (transporte coletivo), água potável, esgotos sanitários, escoamento de águas pluviais, energia elétrica em alta ou baixa tensão, iluminação pública, gás combustível, coleta de lixo e pavimentação;
- terreno destinado à edificação;
- orientação Norte-Sul, direção e sentido dos ventos predominantes;
- diferença ou alterações ocorridas após o levantamento topográfico e cadastral (LV-TOP) (movimentos de terra, construções clandestinas, rios, córregos, vias públicas, perfis, pavimentações, calçadas, guias, sarjetas, torres de transmissão de alta-tensão e postes);
- edificações existentes no terreno destinado à edificação (a demolir ou não);
- área de construção, número de pavimentos, uso atual, características arquitetônicas e construtivas;
ESTUDO PRELIMINAR
Refere-se a configuração inicial da solução arquitetônica com base no levantamento de dados da etapa anterior. Pode haver mais de uma opção para o mesmo local, cabendo ao cliente escolher aquela que mais lhe agrada. Significa “passar para o papel”, por meio de desenhos e representações gráficas, o que foi discutido na fase anterior. Portanto é uma etapa de grande importância dendro do projeto arquitetônico.
Informações técnicas a produzir:
- sucintas e suficientes para a caracterização geral da concepção adotada, incluindo indicações das funções, dos usos, das formas, das dimensões, das localizações dos ambientes da edificação, bem como de quaisquer outras exigências prescritas ou de desempenho;
- sucintas e suficientes para a caracterização específica dos elementos construtivos e dos seus componentes principais, incluindo indicações das tecnologias recomendadas;
- relativas a soluções alternativas gerais e especiais, suas vantagens e desvantagens, de modo a facilitar a seleção subsequente.
PROJETO LEGAL
Em suma, é a representação das informações técnicas necessárias à análise e aprovação, pelas autoridades competentes, da concepção da edificação e de seus elementos e instalações, com base nas exigências legais (municipal, estadual e federal), para a obtenção do alvará ou das licenças e demais documentos indispensáveis para as atividades de construção.
PROJETO BÁSICO
Compreende desenhos técnicos mais avançados que os da etapa anterior, para envio e auxílio aos profissionais complementares na elaboração de seus respectivos projetos (estrutural, elétrico, prevenção e combate incêndio, entre outros).
Informações técnicas a produzir:
- as relativas à edificação (ambientes externos e internos) e a todos os elementos da edificação, seus componentes construtivos e materiais de construção;
- as exigências de detalhamento devem depender da complexidade funcional ou formal da edificação.
PROJETO EXECUTIVO – PROJETO ARQUITETÔNICO QUE IRÁ PARA OBRA
Acima de tudo, equivale à representação final das informações técnicas da edificação e de seus elementos; instalações e componentes; completas, definitivas, necessárias e suficientes à contratação e execução dos serviços de obra correspondentes. Assim, esta etapa consiste também em coordenar e compatibilizar o projeto arquitetônico, urbanístico ou paisagístico com os demais projetos complementares, podendo ainda incluir a análise das alternativas de viabilização do empreendimento, evitando sobreposição de elementos, que poderia atrasar a obra. As plantas baixas, cortes e fachadas desta etapa devem apresentar o maior número de informações possível, a fim de evitar dúvidas, contendo, a localização da estrutura e dos pontos de instalação. São indicados também os acabamentos dos ambientes.
DETALHAMENTO
São desenhos e representações complementares ao Projeto Executivo, em maior nível de detalhe, indicando como serão executados os acabamentos e/ou elementos construtivos. É nesta fase que se evita grande parte dos “pepinos” que podem surgir em obras civis, uma vez que todos os detalhes deverão estar referenciados nas plantas do Projeto Executivo. A SIM tem como detalhamento mínimo, todas as áreas molhadas que existirem no projeto de arquitetura – mostrando todos os materiais utilizados naquele ambiente específico como: porcelanato nas paredes e piso, torneira, outros. Sendo assim, na hora de executar esses ambientes de maior complexidade, o detalhamento torna-se peça fundamental dessa engrenagem.
Outro detalhamento específico que sempre fazemos é dos móveis que criamos, com desenhos próprios de cada móvel planejado para facilitar a execução correta dos marceneiros. Porque esses móveis dão características únicas para o ambiente que foram projetados, sendo assim é importante que os mesmos tenham execuções perfeitas, e isso começa com um bom desenho de detalhamento.
MEMORIAL DESCRITIVO
É um documento textual entregue a parte, diferentemente do projeto em si que é mais desenho. Portanto caracteriza-se por informações complementares quanto à especificação técnica e detalhamento dos materiais previstos na obra (dimensões, cores, texturas, modelos, como executar). Além do memorial quantitativo dos componentes construtivos e dos materiais de construção para aquela determinada obra;
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DENTRO DO PROJETO ARQUITETÔNICO
Além do trabalho do arquiteto, na realização de todo o projeto, deve-se avaliar a necessidade da contratação de outros profissionais especializados, como topógrafos, calculistas e outros, que serão responsáveis pela elaboração dos chamados projetos complementares (estes profissionais poderão ser indicados pelo cliente ou pelo arquiteto). Sendo assim, percebemos que são várias disciplinas dentro de uma obra e cabe ao arquiteto administrar todas e procurar as melhores opções para o projeto idealizado pelo seu cliente. Então, um ponto muito importante deste processo, a compatibilização dos projetos, é muitas vezes deixada de lado por não se dar a devida seriedade a ela.
A compatibilização SIM consiste em coordenar e compatibilizar o projeto arquitetônico, com os demais projetos complementares, evitando sobreposição de elementos, através da verificação das interferências entre os projetos, eliminando dessa forma atrasos e retrabalhos na obra, além de envolver todas as disciplinas nas soluções (o valor investido na compatibilização, sempre retorna quando são minimizados vários “imprevistos” que surgem ao longo da obra). Assim, é feito o desenvolvimento e adaptações do Projeto Arquitetônico de forma a permitir a verificação das interferências com os projetos complementares. Esta atividade se dá ao longo de todo o desenvolvimento dos projetos complementares, após a entrega do projeto básico, até a entrega final, abrangendo as entregas dos projetos arquitetônicos Executivo e de Detalhamento. Portanto, com todos os projetos alinhados e bem feitos, você estará pronto para a obra.
É importante ressaltar também que a responsabilidade do arquiteto não acaba com a entrega do projeto. Ele é responsável pelo acompanhamento do uso, garantindo por um tempo o bom funcionamento do espaço. Quaisquer outras dúvidas, não hesite, entrem em contato com a SIM que estamos a sua disposição.